sábado, 9 de maio de 2009

A Second Life for Higher Ed - US News and World Report

  • tags: oer 2nd life

    • Work or play? Educators say Second Life is an effective teaching tool in part because it provides a social laboratory where role-playing, simulations, exploration, and experimentation can be tried out in a relatively risk-free environment. But perhaps the most touted benefit of Second Life is the opportunity it gives students to interact with people around the world
      • O second life como ferramenta para a sala virtual. - post by lebremelo2009

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quarta-feira, 6 de maio de 2009

A segunda tentativa para uma REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE OS REAS (OPEN EDUCACIONAL RESOURCES - OER)

Este texto, publicado já fora do prazo, apesar de ainda rudimentar pretende apontar alguns aspectos relacionados com os REA’s, no que respeita uma tentativa de síntese dos seus desafios, riscos, oportunidades e potencialidades. A leitura e síntese reflexiva sobre este tema, foi para mim um pouco difícil, pois inicialmente o termo que me parecia claro foi-se complexificando à medida que mais textos ia lendo sobre o assunto. Apesar de ainda não ser suficientemente amadurecida aqui vai a minha reflexão sobre este tema.
Não deixo passar aqui uma nota pessoal com uma visão da necessidade da Universidade, Faculdade, e em particular, neste momento, eu docente em Lisboa, mais precisamente na Cruz Quebrada, na Licenciatura em Reabilitação Psicomotora (RPM), seguir ou mais precisamente entrar neste comboio em movimento dos REA’s, sendo as minhas “drive’s” motivacionais (retiradas da visão da UNESCO sobre as REA’s) :
- altruísmo ( vontade de partilhar gratuitamente, graciosamente, como um grito de liberdade tudo o que sabemos…)
- publicidade e divulgação (necessidade de divulgar a formação de 1º ciclo ainda nos seus primeiros passos em RPM, é fundamental a sua disseminação)
- colaboração com universidades nacionais e no estrangeiro com a mesma formação ( a melhoria da formação somente pode existir ao partilharmos modelos e conhecimento com peritos)
- e por fim , como afirmava … ( não perder o “comboio” do conhecimento…)

O termo Recursos Educativos Abertos (REA) , em inglês “Open Educational Resources” (OER) surgiu no léxico global em 2002 pelo International Institute for Educational Planning (IIEP) da Unesco. Segundo Susan d’Antoni especialista do IIEP, REA’s referem-se a materiais na web que são oferecidos gratuita e abertamente para a sua reutilização no ensino, aprendizagem e investigação. Os REA incluem:
􀂃 Conteúdos— materiais para aprendizagem ou referência;
􀂃 Ferramentas—software para desenvolvimento ou disponibilização de recursos;
􀂃 Standards— convenções partilhadas para publicação digital de recursos abertos

Contudo os REA são algo mais abrangente, pois podem ser considerados como um movimento. Inserido no contexto da missão global da Unesco de promoção de uma cultura de paz, este foi inicialmente estabelecido de forma a auxiliar a capacidade de países menos desenvolvidos para desenvolver, planear e gerir os sistemas educativos, possibilitando o acesso a experiências educativas de países mais desenvolvidos. Segundo Susan d’Antoni, lider central na fase inicial do movimento, o interesse da Unesco neste movimento foi fundamentado na potencialidade deste facilitar a expansão da oferta da educação em todo mundo.
Em 2002 numa reunião em Paris subordinada ao tema dos REA no ensino superior “The Impact of Open Courseware for Higher Education in Developing Countries, os participantes expressaram a necessidade de "...desenvolver em conjunto um recurso educativo universal disponível para toda a humanidade (referido desde esta data como Open Educational Resources), esperando-se que este recurso no futuro mobilize a comunidade de educadores a nível mundial...".

Apos a breve definição do conceito passamos a assinalar as suas potencialidades, riscos, desafios e oportunidades.
Potencialidades

- alargar a esfera do conhecimento disponível para todos
- acesso e partilha de conhecimento a nível mundial de experiências de ensino aprendizagem, recursos e ferramentas que permitam melhorar a qualidade do ensino
- partilha de boas práticas no ensino e aprendizagem
- acesso ao conhecimento e formação pela comunidade educativa e de qualquer cidadão de forma gratuita

Oportunidades
- potencialmente será o futuro do ensino, baseado numa maior “democratização do conhecimento“
- no discurso do “ensino para todos” o papel futuro do professor redefinido e modificado
- potencialmente reduz as desigualdades sociais, económicas, funcionais pois o acesso é gratuito e possível em qualquer local geográfico do planeta com acesso à tecnologia TIC
-elimina pobreza, se entendermos que conhecimento, educação, e maior habilitação tem o potencial para eliminar/reduzir pobreza

Riscos
- qualidade dos recursos ( nem todos os REA’s têm uma validação do conhecimento que se pretende partilhar)
- grande quantidade de recursos que vão sendo disponibilizados pode não corresponder às necessidades dos utilizadores
- gestão dos direitos de autor, copyright dos recursos livremente disponibilizados para utilização e modificação
- risco na obtenção de fundos para a manutenção e gestão dos recursos REA's
- acessibilidade (estrutura das TIC inadequada ou antiquada pode ser um obstáculo à disseminação dos REA)
- a linguagem universal dominante - Inglês, pode ser uma barreira no acesso aos REA'sem países em que não existe o domínio do Inglês.
- a cultura dominante pode implicar diferentes formas de ensino e de práticas relevantes para a aquisição de determinadas áreas de conhecimento
- possivel falta de relevância e qualidade dos recursos disponíveis (avaliação por peritos e utilizadores da qualidade da informação que está disponibilizada) (peer review)
- risco de países desenvolvidos serem os “produtores dos recursos” e os países menos desenvolvidos serem somente os “consumidores” dos mesmos recursos
- falta de tempo, de incentivos ou de capacidade técnica e financeira para participar neste movimento
- menor controle sobre o modelo de formação/processo ensino aprendizagem implementado

Desafios
- novo papel do professor e do aluno
- novas tarefas no ensino/aprendizagem
- gestão eficaz dos sistemas de suporte (TIC)
- desgin gráfico, gestão das plataformas, fiabilidade dos sistemas (PC/rede)
- sistemas móveis poderão tornar mais flexível a acessibilidade aos recursos
- clareza na definição dos direitos de autor e licenciamento dos recursos abertos
- modelo de apoio institucional pelas universidades se envolverem neste movimento
- necessidade de examinar os incentivos e barreiras pela Universidade/Faculdade/ docentes para a partilha e produção dos seus REA’S
- prever sustentabilidade financeira dos recursos existentes (como é que estes se auto-financiam - vários modelos são apontados como possíveis saídas : “ Endowment Model ; Membership Model; Donations Model; Sponsorship Model; Institutional Model (i.e. MIT eOpenCourseWare—OCW); Governmental Model." - qual o melhor para a nossa situação
- como transitar da publicação do conjunto enorme de recursos para uma nova forma de ensinar e aprender
Bibliografia consultada:
Ilkka Tuomi (2006) Open Educacional Resources - What they are and why do they matter
David Wiley (2008) OER Handbook for Educators 1.0 in Wiki educator
http://www.wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one
Siemens & Tittenberger (2009) Handbook of Emerging Technologies for Learning
Larson & Murray (2008) OPEN EDUCATIONAL RESOURCES FOR BLENDED LEARNING IN HIGH SCHOOLS: OVERCOMING IMPEDIMENTS IN DEVELOPING COUNTRIES in Journal of Asynchronous Learning Networks, Volume 12: Issue 1
Recursos Educativos abertos – Open Educational Resources
Uma análise de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças
O movimento de Recursos Educativos Abertos[i], impulsionado fortemente pela publicação online de um grande número de cursos do M.I.T., Massachusetts Institute of Technology OpenCourseWare em 2002, tem vindo a sofrer uma rápida expansão capturando a atenção e colaboração de criadores e utilizadores em todo o mundo.
As oportunidades e os desafios deste movimento são inúmeros, e crescem à medida da sua implementação e adopção.
As bases que este movimento defende a nível político, económico ou filosófico, assentam em pressupostos de liberdade, iniciativa, partilha intelectual, implicam uma reflexão e uma tomada de posição quer dos indivíduos que irão intervir neste movimento bem como das instituições que o adoptarem.
Um princípio subjacente ao movimento “OER” é a possibilidade da maior democratização e partilha do conhecimento e dos de materiais educativos.
Neste sentido, o ensino superior em que nos inserimos, no nosso contexto Nacional, que tem como missão esta crescente partilha de conhecimento poderá sofrer ainda enormes mudanças e adoptar um modelo similar. Contudo o principio da abertura do conhecimento poderá e deverá ser concebido à luz da nossa realidade e da forma como o nosso ensino superior está actualmente organizado.

Um outro princípio fundamental do movimento OER, assenta na sua gratuitidade da partilha das ferramentas e recursos existentes tendo como base a criação de licenças abertas de forma a que os indivíduos que as criam, possuam direitos, apesar de fornecerem direitos específicos para a sua utilização em versões originais ou modificadas. Uma questão que se pode colocar prende-se com a viabilidade económica e eficácia dos sistemas que adiram a este movimento, na medida em que muitas vezes o conhecimento, em muitas áreas, principalmente am algumas com um menor grau de implantação ou de desenvolvimento subsistirem pela partilha deste conhecimento,com base em uma compensação económica que suporta quer a investigação quer a prática do ensino.
Uma promessa deste movimento baseia-se na expectativa deste permitir a transformação de práticas educativas, consideradas por alguns como práticas ancestrais e actualmente artesanais do ensino.
Importa assim analisar este movimento, o conceito subjacente no sentido da sua clarificação, as suas oportunidades, desafios.
[i] Open Educational Resources -OER